terça-feira, 1 de maio de 2012

O movimento Cartista

O cartismo foi o primeiro movimento da classe operária inglesa a reivindicar direitos políticos e adquirir um caráter nacional. O movimento nasceu em Londres, em 1837, quando uma associação de trabalhadores enviou ao Parlamento a Carta do Povo, um documento em que requeriam, entre outras coisas, voto secreto, sufrágio universal masculino e parlamento renovados anualmente. A petição foi levada para assembleias de trabalhadores em todo país e recebeu mais de um milhão de assinaturas. A recusa do Parlamento em aprovar a carta desencadeou uma série de greves, manifestação e prisões. Por volta de 1840, o movimento cartista apresentou uma segunda petição, bem mais radical que a primeira. Além das reivindicações inciais, o documento exigia aumento de salário para os operários e redução da jornada de trabalho. A nova petição recebeu cerca de 3,3 milhões de assinaturas. Aos poucos as lutas operárias surtiram efeito. As leis trabalhistas do século XIX e início do século XX melhoraram nas fábricas e nas minas inglesas, além de fortalecer as lutas dos trabalharores de outros países.  

A difícil luta pela liberdade sindical

As associações trabalhistas foram proibidas nos anos de 1779 e 1800. Apenas em 1824, o funcionamento dos sindicatos deixou de ser ilegal e, em 1871 essas associações foram efetivamente legalizadas.

A formação dos sindicatos ingleses

Com as transformações produzidas pela Revolução Industrial, os operários passaram a se reunir em associações, chamados trade unions, ou sindicatos, como passaram a ser conhecidos. O objetivo central do sindicato era organizar as lutas dos operários por melhores condições de trabalho e maiores salários.

Destruindo as máquinas

A vida dos operários nos primórdios da industrialização era extremamente dura. Trabalhavam de 14 a 16 horas por dia. E não havia nenhum direito trabalhista. A mecanização do trabalho causava a dispensa de muitos trabalhadores. Vistas como responsáveis pelo desemprego e pela miséria. Os operários reagiram destruindo as máquinas. O movimento foi violentamente reprimido pelas autoridades, que chegaram a aplicar a pena de morte aos envolvidos.

As lutas operárias e os sindicatos

A classe operária inglesa reagiu á exploração capitalista organizando greves e formando sindicatos.

Ruas e moradias

Nas cidades industriais inglesas, a população operária comprimia-se em bairros de ruas estreitas, sinuosas e sujas, tomadas de mendigos, prostitutas e desempregados. Relatos da época destacam o aspecto esfumaçado dos bairros operários, o cheiro nauseante de sujeira e alimentos estragados e a miséria que tomava conta das ruas. As casas, geralmente de dois andares e geminadas, abrigavam um grande número de pessoas. O quarto ficava no piso superior, onde todos se amontoavam para dormir. No andar de baixo havia a cozinha. Os banheiros eram fossas, pois não existia rede de esgoto. Eles ficavam fora de casa e exalavam um cheiro horrível. Em alguns bairros, havia um serviço de limpeza de fossas, cujos resíduos eram vendidos como esterco aos agricultores. Em outros bairros, os detritos eram jogados na própria rua. 

O tempo da natureza e o tempo do relógio

Os relógios já existiam muito antes da Revolução Industrial, mas foi necessidade de sincronizar o trabalho das fábricas que difundiu o uso e a fabricação do produto. Assim, como o relógio, foi possível disciplinar o horário de entrada e saída dos trabalhadores, o horário de almoço e o tempo gasto para realizar as tarefas produtivas.